Quando se desveste
Dessas suas pétalas
Descobre-se poeta
Que tão nu de veste
E essência de flores
Ignorando os pudores
Rima seus clamores
Com ranger de dores
Porém se sentindo
Sempre flor despida
Em pétalas perdidas
Preserva nessa vida
As emoções vividas
Das hastes colhidas
Como letras antigas
De paixões partidas
Sendo rosa sofre
A perda das flores
E tanto se comove
Em seus estames
Vazios dos odores
Para que reclame
Vida de dissabores
E seus desamores
Em coroa de flores
Perdida duma vez
Em farpas repousa
Toda aquela nudez
Sofrendo as dores
Porém sempre ousa
Assim tão graciosa
A existir como rosa
Inspirando poesia
Não se vê ela nua
E gera linhas lindas
Só com a haste sua
E a sonhar oferece
Harmonias divinas
Música em estrofes
De vozes em prece
Em seu lamento
Que conseguia
Dizer como rosa
Tudo que sentia
Queria em prosa
Derramar prantos
Sonhando poesia
Em tristes cantos
Porém saiba
Uma rosa não
É só uma rosa
Chamada flor
Mas graciosa
Sonha em cor
Verso e prosa
Recitar o amor
Eder Quintão
Que lindo! Adorei o verso
“Sonha em cor
Verso e prosa
Recitar o amor”
Vamos comemorar.
Parabéns
Depois dessa Rosa poética não há que se duvidar: as Rosas são muito mais do que meras rosas.
Parabéns dr. Eder