O medo tem asas de morcego, que eu tenho certeza, mora num canto da garagem. Quando vem o anoitecer, ele aparece. Não como um bicho
Continuar lendo
O medo tem asas de morcego, que eu tenho certeza, mora num canto da garagem. Quando vem o anoitecer, ele aparece. Não como um bicho
Continuar lendo“Mamãe, olha um Papai Noel preto”, exclamou a criança, apontando para ele, embalado numa caixa de celofane, na prateleira do supermercado.
Continuar lendoSer poeta é enlouquecer mais um pouco,é enxergar nas ruas o rastro branco e preto dos automóveis,alheio à dança dos pedestres,é desenhar a elegância trôpega
Continuar lendoO menino pergunta:
minha mãe morreu?
Não.
O menino pergunta:
minha mãe está encantada?
Sim.
Crianças gostam de abrir a geladeira. Quando eu era criança, abria várias vezes por dia, mesmo sem fome. Às vezes por tédio, outras por vontade
Continuar lendoTudo começou quando descobrimos pequenos volumes ovalados e torneados, de um marrom escuro quase polido, espalhados pelo chão da cozinha. Estavam até na bancada de
Continuar lendoVejam isto! Não é que apareceram nove ossadas no coração da cidade? O fato aconteceu em um terreno da Rua Galvão Bueno. Com a demolição
Continuar lendoMinha mala era de couro natural carregada como hoje as crianças carregam suas mochilas coloridas. Nas costas. Depois, com o aumento do volume de livros
Continuar lendo“Vou sair”, anunciou o menino. A fala explodiu como uma granada. Apesar do corpo musculoso de quase um metro e oitenta, alcançados em dezesseis anos
Continuar lendoTarde de inverno, céu aberto e vento frio em Santiago. Saímos para algumas visitas pela cidade, a começar por uma caminhada pela Avenida Apoquindo. Logo,
Continuar lendoA foto da antiga Catedral salta do livro, em estilo colonial, se espraia na Praça da Sé. Foi demolida. Deu lugar a outra construção, neogótica,
Continuar lendoNos amarelados álbuns de couro, com as fotos deslocadas do lugar onde foram coladas, cheiro de mofo de dezenas de anos que guardou sua história,
Continuar lendo