As horas passam rangendo
Deixam atrás de si
ruído da engrenagem
As horas passam rangendo
Deixam atrás de si
ruído da engrenagem
Enquanto o gato que me habitava morria,
(sete vidas espertas e bem vividas agora moribundas)
um espelho explode um planeta,
Me ensinou frestas de montanhas,
do murmúrio dos ribeirões,
ordenhar vacas e ler Kafka
Angústia
O que seria?
Acordei com gritos de desespero
Era um domingo de manhã
cheiro de pé
cheiro de boceta
cheiro de porra
cheiro de sovaco
cheiro de boca
carne de tantos cheiros
Escondeu a face na dobra do tempo
E não mais a achou
Reconheceu-se nas frestas das copas de árvores
Nos córregos escuros,
Continuar lendo
Um mosquito entra em casa
um avião invade o quarto
um helicóptero pousa no peito
Percebi de imediato: O azimute estava certo, Batia com o rumo definido. Ignorava, porém, a topografia acidentada. Ali, sobre o ponto alto da colina O
Continuar lendo
1. Duas marcas de nascença unem poetas, mesmo se ignoradas. Uma e outra, fontes de alimentar moinhos, movimentar monjolos, e se o poeta der sorte,
Continuar lendo
Resta aos mortos depender dos vivos, para viver.
Eles chegam de quando em quando, inesperados,