Certo dia perguntaram ao sábio talmúdico Hillel, “por que não se poderia acender já nos primeiros dias todas as velas?”, ele observou que o ser humano tem, nesse gesto diário por oito noites, a oportunidade de trazer a energia do genuíno, daquilo que é verdadeiro, com serenidade, um dia após o outro; uma noite após a outra, em meditação.
Continuar lendo#históriasdeNatal
Histórias de Natal. O Natal repousa nessas narrativas favoritas que reúnem crianças, jovens e velhos no mesmo encantamento. Reunimos aqui as histórias de Natal que os velhos incríveis aqui no Clube escreveram ao longo dos anos, para você fazer como o Papai Noel da foto: em meio ao zum zum zum da cidade, sentar, ler e deixar a alma aquietar…
Continuar lendoSemente, poema de Eder Quintão
A epopeia de uma semente….
Eternamente protegida
Das intempéries ao redor
Em fruta bem escondida
Vivendo sem esplendor
Deseja surgir renascida
ORFEU E EURÍDICE, poema cheio de perguntas
e um psiu,
de Zulmara Salvador
Quantas vezes, em milênios, se perguntaram os humanos,
sempre tão intrigados:
Por que teria ele se virado?
LINHA DE PASSE, poema de Zulmara Salvador
Não passa a dor da mãe sem o filho.
A raiva do inimigo,
não passa.
Não passa a fome do mendigo.
O calafrio do febril,
não passa.
Não passa o medo do escuro.
Não passa a asa da borboleta pelo casulo quebrado.
#históriasparacontarparaosnetos
Os Odingás, por Adília Belotti
Os Odingás eram o casal mais velho da tribo. Na verdade, ninguém nunca, nem nas tribos vizinhas, tinha ouvido falar de gente tão velha! Eram tão velhos que as pessoas não sabiam mais quando tinham nascido, só eles lembravam de si mesmos! Nunca tiveram filhos. No início, ficaram muito tristes. Os Odingás amavam as crianças tanto quanto amavam ser adultos para poder cuidar das crianças.
Continuar lendoPsicobélica, por Eliane Accioly
A criatura acima sou eu, psicobélica, personagem da família dos atravessadores. Macia ao toque e nem tão cheirosa, odeio água, pois banhar-me rouba-me a pele, a tatuagem. Desapareço. Lembram-se? Sou invisível. Geralmente.
Continuar lendoDeu no jornal, poema de Eder Quintão
Foi hoje notícia
De muita tristeza
Morte atropelada
Na esquina, o lar
Onde foi achada
Famosa princesa
Autoproclamada
Minhas águas, por Sylvia Loeb
Tenho um rio dentro de mim. Suas águas percorrem cada reentrância do meu corpo, é o grande meio de transporte de tudo que ele necessita:
Continuar lendoUma lágrima, por Eder Quintão, a partir da composição de Modest Mussorgsky
Era uma lágrima
Nascida sofrendo
Desde sua partida
Logo se perdendo
Toda ressequida
Uma breve arqueologia do livro e o meu alumbramento, por José Carlos Peliano
Segundo essa interpretação, portanto, cada e todo livro é oferecido e trazido pela memória aos becos e ruelas da recordação e/ou da imaginação povoadas pela vida afora. Se vai ser levado ao público ou não depende de cada um. Seguindo adiante, vive-se dessa forma numa monumental biblioteca universal onde é guardada a memória expressa ou não de toda a existência da vida humana e do meio ambiente.
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