Poesia é vaso cheio
De elocubração vazia?
Ou elocubração cheia
De sentimento vazio?
Seria a poesia bela se traduzida
Pelo vigor dos sons transmitidos
Sem de falsos sentidos provida
Ou pensamentos vãos emitidos?
Seria ela de emoções contidas
E lindas imagens que induzem
Inebriando se cantadas ou lidas
Ou são enganos que seduzem?
Naquele seu imenso apetite
Pelas letras com seus ruídos
Não se impõe qualquer limite
Aos sentimentos transmitidos
Poesia comove quem lê
Se pelo poeta concebida
Com mensagem que revê
A intensa emoção vivida
Transmitindo seu sentido
Com pleno poder criativo
Impõe o leitor compungido
A se manter todo seduzido
Caminha sem se intimidar
Mesmo com sons fortuitos
Do vazio ao infindo a vagar
Com pensamentos urdidos
Mas se a poesia criada
For com o tempo olvidada
Ela se vai sem ser amada
E despedida é sepultada
Em triste dia-de-finados
Sem ter o corpo regado
Pelas lágrimas escoadas
Passa os dias minguada
Só como flor ressequida
Mas nunca ressuscitada
Jaz murcha e esquecida
Lindo lindo!
Obrigado Lilian Kogan: seu comentário é encorajador. Até parece que escrevi uma poesia. Eder
Querido Eder, bom que a poesia sobrevive lindamente nos seus escritos e mesmo em dia de finados. Bjs
Gosto dos textos de Eder … Eu gosto de lê-los em voz alta. Gosto deles porque parecem música aos meus ouvidos.
Prezada Blanche: seu comentário me obriga a continuar tentando escrever versos, mas me falta tutano para isso. Continuarei contando com sua benevolência…..