na manhã de sábado as duas mulheres caminham de braços dados, sem pressa
olham para o chão
calças largas, tênis
está gostando da novela?
não, não gosto de novela
por quê?
fico grudada na tv; desde selva de pedra, há duzentos anos, prometi que nunca mais
saía correndo da mesa de jantar. obcecada
eu gosto, distrai
e a marina, parou de te dar trabalho?
imagina! filho dá trabalho sempre, a vida inteira, não importa a idade
nem fale
a culpa é da gente
eu sei
e as dores?
estão aí, cada dia uma em um lugar diferente
você percebeu quantos lugares diferentes a gente tem?
hehehe….
vou te contar
tá cansada, dá pra continuar? apoia aqui no meu braço
adoro apoiar no seu braço, sabia? não estou pesando?
imagina, magrinha desse jeito
magrinha, que nada
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Muito bom esse nosso passeio de todo o dia
Muito
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quer tomar um café?
boa ideia
que tal uma fatia de panetone grelhado?
ótimo, delícia
doce ou salgado?
eu peço salgado, você, doce
a gente não precisa mais escolher
verdade
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Por que será que a gente levou tanto tempo pra perceber que ….
Que delícia ter amigas!
Que delícia! Caminhei junto com elas. Muito bom
Seu texto é uma prazerosa caminhada, Sylvia. Dá vontade de continuar caminhando, caminhando…
Esse jeito de contar, ah!, dá gosto de ler – maravilha!
Que passeio gostoso!!!
Por que tanto tempo?
A vida é estranha …
Adoro texto que acaba com reticências!
Da oportunidade pro leitor continuar a história , né?
Pq só te descobri agora, mas te encontrei, ótimo 👍