Clube dos Escritores 50+Leo Forte istórias de detetives

As melhores histórias de detetives,
por Leo Forte

…esse tipo de história nasce nos Estados Unidos, pouco depois da Primeira Grande Guerra, quando revistas pulp, como eram chamadas as publicações baratas e sensacionalistas, impressas em papel amarelado, começaram a dar chance para autores que quisessem publicar histórias violentas, mas cheias de humor, que escondiam, sob tramas aparentemente despretensiosas, críticas contundentes à sociedade americana.

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Clube dos Escritores 50+ Lourdes Gutierres Silêncio

Onde se fez o silêncio, por Lourdes Gutierres

Ela parece dormir, mas os dedos das mãos se movimentam de forma ritmada. Observo que nela mudanças ocorrem de maneira rápida. Há pouco tempo, apoiada em meu braço, caminhávamos até o jardim da casa. Por lá, canteiros coloridos: rosas, azaleias; de repente, aparecia algum beija-flor se nutrindo no hibisco – olhe, olhe, que lindo! Breve encantamento, logo sumia sem deixar rastros.

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Clube dos Escritores 50+ Regina Valadares Volto

Às vezes eu volto,
Regina Valadares conversa com o Rio de Janeiro
sobre amores e fantasias

E quando vejo aquela paisagem, parece que vira uma chave dentro de mim. Eu volto. Mudo de alma. Volto. E voltar é muito bom. Mesmo quando não existe mais o que deixei. Mesmo quando não existe mais aquela que partiu. E lá vem aquele sorriso bobo, aquela alegria saltando dos olhos. O Cristo lá longe, o Pão de Açúcar ali e a freada louca do avião…

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Clube dos Escritores 50+ Carlos de Castro Impressões afetivas

Pequena crônica sobre impressões afetivas
por Carlos de Castro

Corria uma terça feira comum, como qualquer terça feira agitada de São Paulo. Trânsito pesado, calor modorrento de verão, chuvas fortes previstas para o fim da tarde. Tomei coragem e parti, logo após o rápido almoço, para o revigorante exercício de uma visita eventual. Sim, é possível encontrar espaço no meio do dia a dia para visitar pessoas, lugares, coisas que fogem ao rotineiro. Visitas esporádicas ou até mesmo acidentais que invadem o terreno da vida que passa ao lado, da maravilha do mundo que gira conosco.

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Clube dos Escritores 50+ Eunice Maciel Emojis

PALAVRAS DITAS, ESCRITAS E EMOJIS

ou crônica de corações partidos em tempos de WA

Como se estivesse num palco, a garota de uns vinte anos declamava num monólogo (na verdade um diálogo, mas como a outra falava baixinho, o que chegava aos meus ouvidos era um monólogo) o rompimento com o namorado. Não ficou claro o estopim da briga, provavelmente contado ainda na estação antes do trem chegar, mas ficou claríssimo, em alto e bom som, os desdobramentos que levaram ao fim do relacionamento.

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Clube dos Escritores 50+ Carlos de Castro O canivete e o gol de placa

O canivete e o gol de placa,
crônica de Carlos de Castro

Bom, o que me ocorreu é que o tempo funciona como uma gigantesca onda que nos carrega, queiramos ou não. Somos impotentes para oferecer resistência e, tal qual burro teimoso, ficar empacados, nem que seja por breves instantes. Ou, como o personagem que Chico Buarque criou na linda letra de Valsa Brasileira: “…corria contra o tempo, … rodava as horas pra trás, roubava um pouquinho…”

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Clube dos Escritores 50+ Bettina Lenci Você sabia - imagem criada por IA

VOCÊ SABIA? por Bettina Lenci

Geralmente já sei!

Respondo, depois do Instagram me perguntar pela enésima vez a mesma coisa: você sabia como cuidar do peso dos seus pés inchados ou o você sabia que basta misturar farinha com ovo que teremos um nhoque ou o você sabia que para fazer maionese basta um liquidificador e óleo ou, mais irritante, o você sabia e segue a receita de cozinha que já tinha sido herança da minha avó.

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Clube dos Escritores 50+ Carlos de Castro Corre Cutia/ Imagem gerada por AI

Corre Cutia, por Carlos de Castro

Descobri que a origem do termo vem do tupi “aku’ti” que nomeia o pequeno mamífero roedor. A cutia tem hábitos diurnos e era até criada como animal de estimação pelos indígenas. Quem sabe se a imemorial brincadeira infantil, o corre-cutia, não tem sua raiz na época colonial quando os nativos aculturados viviam junto com os primeiros brasileiros, especialmente com as crianças. Quem sabe?

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Clube dos Escritores 50+ Bettina Lenci A bengala - imagem criada por IA

A bengala, crônica de Bettina Lenci

O mundo inverteu-se! O que era não é mais! Sei que tal conclusão, sendo afirmada com tanta ênfase, ou é idiota ou nasce nas entranhas de uma senhora de idade avançada. Mas, sejamos claros: o que no passado estava na cara, hoje não está mais! Tenho 80 anos e estou perfeitamente apta a viajar e a passar meu cartão de crédito sem ser enganada por algum vendedor espertinho.

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