Sou o ímpar que restou
do par que pouco fomos,
o sorriso que sobrou
do sonho que sonhamos.
Sem ti sou sem pedaço,
sem ti me despedaço,
sou cama sem travesseiro,
sou aconchego sem braço.
Não te vivi
como me vivias,
não te percebi
como me percebias,
não te recebi
como me recebias,
e só via morte em ti
enquanto inda vivias.
Que forte! Gostei muito, Tita
😘
Lindíssimo, Tita !!!
Ímpar em par! Sons semelhantes e sentidos diversos, como foram seus versos! Lembram-me de uma propaganda antiga: “pílulas do Dr. Ross, pequeninas mas resolvem”. Como teu poema, pequeno mas no alvo.
Desemparelhar é muito ruim, no amor, triste demais.
Faz lembrar de alguns…
Tita
Achei lindo, tocante. Versos que só a vida vivida pode produzir.
perdas dividem mas rejuntam em um feixe que, amarrados, tornam-se pó de estrelas!
quantos poemas de amor nao sao escritos para as estrelas?
Impar em par: uma belíssima imagem, (dois nao é um!)
bj
Belíssimo