Venho do século passado imbuída desta percepção retrógada sobre o que pode ser definido como arte e seus limites e esbarrei hoje num vídeo que se intitula “SAVAGE X FENTY SHOW” no qual Rihanna é a protagonista.
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Venho do século passado imbuída desta percepção retrógada sobre o que pode ser definido como arte e seus limites e esbarrei hoje num vídeo que se intitula “SAVAGE X FENTY SHOW” no qual Rihanna é a protagonista.
Continuar lendoA conexão de Neruda com Goiás seria sacramentada por algo ainda mais forte, um presente vivo e emplumado que recebera de uma escritora goiana: um vistoso corrupião. De toda a avifauna brasileira, o corrupião ou sofrê é uma das espécies mais interessantes, tanto pela belíssima plumagem como pelo canto melodioso, mas também pelo comportamento.
Continuar lendoSalvemos esse templo onde infinitas relações entre livros e leitores foram geradas, que tem servido de palco para inúmeros encontros com escritores, ponto de resistência das relações presenciais entre amantes da vida literária e do universo paralelo da cultura.
Continuar lendoNa primeira infância, as marchinhas do passado, as meninas vestidas de bailarina, com purpurina no rosto. Um cheiro de lança-perfume no ar, as bisnagas douradas Rodouro, então consideradas inofensivas, as serpentinas multicoloridas, as bandas mambembe do clube tocando Mulata Bossa Nova
Continuar lendoHoje o casarão em que viveu é sede do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo. E as escavadoras da memória do Bixiga saem no Carnaval para contar a história de Sebastiana de Melo Freire — Dona Yayá : “Com tudo que fazia, que não era coisa pouca, com tanta hipocrisia, foi trancada como louca…”.
Continuar lendoApenas um sonho, nada mais. Foi o que a mãe de Ofélia afirmara após ouvir seu relato ao despertar. Ela preferia acreditar nisso, entretanto a dúvida persistia: será mesmo? Quando na noite seguinte acordou sobressaltada com a mesma cena, entendeu não ser aquilo mera coincidência, teria de buscar o significado daquele sonho: um homem sem cabeça pedindo para que lhe acendesse uma vela…
Continuar lendoHoje lembrei-me das borboletas amarelas. Aquelas, que costumavam visitar a minha e a sua janela e batiam levemente as asas nos vidros. Você se lembra de que roçavam nossa face quando abríamos as vidraças para que o vento nos revoasse os cabelos, nos fechasse os olhos e nos fizesse sorrir? Havia as que entravam dentro de casa tornando a sala cheia da luz que o amarelo traz…
Continuar lendoMamãe estava sentada na poltrona da sala, as pernas cobertas pela manta azul, as meias até a canela prendendo a calça do pijama. – Hoje, vamos para Buenos Aires, falei. E depois, à Terra do Fogo. Mamãe sorriu. – Pelo mar, completei. – Você sabe que eu me sinto mal, ela reclamou. – Te dou um remedinho, e estiquei a mão sobre o aparador para pegar a vitamina D. Mamãe já não vive sem isso.
Continuar lendoLeio livros. Muitas pessoas lêem. Há os que lêem muito, os que lêem pouco ou , simplesmente, não leem. Mas há os que gostam de sugerir um livro a alguém que gosta de ler. Acabo de terminar Todos os Nomes, romance escrito por José Saramago. Trata do Sr. José , obscuro funcionário de um cartório, em Portugal – que aqui leva o nome de Conservatória Geral do Registro Civil.
Continuar lendoAcabara de me aposentar das Nações Unidas em 2005 e tinha voltado para São Paulo, a minha cidade natal. Até agora, eu percorrera o planeta e atuara em alguns dos países mais perigosos do mundo sempre tentando servir e ultrapassar os meus limites. Se eu tinha a certeza de que todas as experiências que vivenciara me levariam à uma nova vida, eu estava no momento doente e sem rumo.
Continuar lendoDuas pretas três brancas, quatro brancas duas pretas, duas pretas, três brancas, quatro brancas duas pretas, duas pretas três brancas… A parede deve ficar toda branca. Mas eu sou preta, preferia pintar de preto, ia ficar mais bonita. Iam achar mais feia, todo mundo sabe que preto é mais feio que branco.
Continuar lendoSão muitas as Jerusaléns, todos sabem. Também as minhas. As imaginárias e as vividas. As épicas e as reais.
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