– Estou só
– Se você estiver se sentindo sozinho saiba que:
Estou aqui para conversar!
Você não está completamente sozinho.
Há pessoas que se importam com você.
Se precisar de alguém para conversar, há organizações que oferecem apoio emocional

– Estou só
– Se você estiver se sentindo sozinho saiba que:
Estou aqui para conversar!
Você não está completamente sozinho.
Há pessoas que se importam com você.
Se precisar de alguém para conversar, há organizações que oferecem apoio emocional
– Boa tarde, garoto, disse Valido. Eu tenho um encontro com o Dr Milton, às 14 horas. Fascinado pela presença de seu ídolo, o jovem confirmou o horário, pediu que aguardasse um pouco e pespegou-lhe a indagação atrevida:
– O senhor é o Valido, do Flamengo, certo?
-Sim, respondeu o craque, que, em seguida recebeu a segunda pergunta:
– Posso saber uma coisa?
– Fala, garoto.
A epopeia de uma semente….
Eternamente protegida
Das intempéries ao redor
Em fruta bem escondida
Vivendo sem esplendor
Deseja surgir renascida
Chegar na China por Pequim é assombrar-se. É entrar em uma modernidade ainda não vivida por nós e tb mergulhar em uma cultura com mais de 5 mil anos. Foi essa a porta que se abriu para mim e eu entrei.
Sem conseguir ler sequer uma placa e me sentindo também muda (eles ainda são monoglotas), senti que eu precisava de ajuda. Como esse é o Ano do Dragão, resolvi segui-lo. Vamos, ele me disse, não tenha medo.
Animadíssimas com o passeio de barco pelas doces águas do rio Tapajós, eu e minha amiga Silvia nos surpreendíamos a cada instante com a beleza e a exuberância da Amazônia, em Alter do chão, no Pará. Ao chegarmos ao rio Arapiuns, tive certeza de que não haveria no nosso planeta algo similar: uma praia feita de uma areia fina e clara, que é formada só na época das secas, emoldurando uma imensidão de água doce. Eu me sentia segura no frágil barquinho metálico que atracava na areia. A calma do rio me apaziguava.
Continuar lendoO fato ocorreu em nosso território: no Nordeste brasileiro. Um fato histórico. Um equívoco que pode ser interpretado, severamente, sob o olhar ético. No século passado, a recém declarada República empreende uma guerra contra seu próprio povo quando da Batalha de Canudos (1897). Ao Euclides da Cunha descrever o episódio desta guerra infame, ele embute nas entrelinhas do texto o desdém, o desconhecimento que o Brasil tem do ethos e da moris.
Continuar lendoNão sei se pelos últimos acontecimentos, ou pela minha idade avançada, recordei uma conversa com minha neta.
Ela tinha oito anos e estava na fase de achar “vovô sabe tudo”. Curiosa como sempre foi, fez uma pergunta peculiar para uma criança:
– Vô, o que é suspiro?
– Ora, querida, é aquele doce, doce, doce, que sua vó faz e sua mãe só deixa você comer um pouquinho.
– Não, vô, não o doce, aquele outro negócio que a gente sente, sei lá…
Antes de entrar no meu quarto de dormir, passo por um hallzinho que tem uma janela com duas lâminas de vidro. Uma sobe e a outra desce para um esconderijo devidamente camuflado com uma placa de madeira. Para defender-me de alguma eventual indiscrição do prédio em frente, instalei uma persiana que abro e fecho conforme o meu humor, mas…
Continuar lendoQue os cronistas vivem experiências surreais, isso é certo. Alguns as revelam, outros as escondem. Numa crônica de 1934, Humberto de Campos relatou a espirituosa conversa que tivera com um cãozinho vadio no Largo do Machado. Bem antes disso – no longínquo 1892 — Machado não conversou, mas entendeu perfeitamente a linguagem dos burros que puxavam o bonde em que viajava. Os dois muares especulavam sobre o destino que teriam com a chegada dos bondes elétricos. Isso mesmo, leitores: os beneditinos do cotidiano têm a faculdade de se comunicar com os bichos. É raro, mas acontece.
Continuar lendoLembrei-me do plebiscito da Noruega quando soube da construção de um túnel na Vila Mariana. Não há termos de comparação, afinal o que deu errado por aqui? Por que o povo é alijado de decisões que lhe dizem respeito? Penso na Ágora da Grécia antiga, mas isso também é sonhar demais, reconheço. Tapumes encobrindo o canteiro central da avenida Sena Madureira chamaram atenção dos moradores. Afinal o que está acontecendo, um vizinho indagando o outro. Descobre-se que um antigo projeto começou a ser implementado. Em meio à perplexidade, moradores resolvem organizar o protesto: não ao túnel.
Continuar lendoCheguei em Paraty no segundo dia da FLIP, depois de seis horas de viagem, em um final de tarde chuvoso. As pedras brilhantes, arredondadas por séculos de tráfego de carros de boi, cavalos, burros e carroças causam admiração e temor. O conhecido “pé -de- moleque”, construído no século XVIII, durante o desenvolvimento do ciclo do ouro.
Continuar lendoO céu violentado de cinza esparramou-se nos meus pulmões, as partículas de violência alojaram-se na garganta e a respiração tornou-se curta. Sim, claro, em uníssono, a razão deste efeito devastador nos terráqueos é divulgada e aceita como suficiente: ninguém se mexe para impedir a queima das florestas! Eu não avisei? Dizem, após a exclamação. Mas por mais que esteja inclinada a colocar minha colher nesse caldo grosso de fuligem, não é este o assunto de hoje, tampouco a sustentabilidade do planeta, nem as ameaças de fim do mundo e menos ainda assumir como humana que a culpa é só minha!
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